quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

HUMANOS - A vida em variações



Os Resistência causaram um tremendo impacto no panorama musical no inicio da década de 90. Este projecto contou com personalidades bem conhecidas, com alguns dos músicos nacionais mais notáveis de sempre como Pedro Ayres Magalhães, Miguel Ângelo, Fernando Cunha e Olavo Bilac. Gravam dois álbuns de estúdio e um ao vivo, que atingem o galardão máximo de vendas – disco de platina. O reconhecimento público e o sucesso foram totalmente merecidos.

Entretanto existiram outras situações semelhantes como os Rio Grande com João Monge, João Gil, Rui Veloso, Jorge Palma, Vitorino e Tim.

Quando os melhores músicos nacionais dão corpo a projectos do género "all stars" o resultado tem sido sempre magnânimo. O último caso deste tipo de empreitada teve o "nome de código" Humanos. A seguir numa concisa sinopse ficamos a saber no que consiste:

"Um dia, inadvertidamente, é descoberta uma caixa de sapatos esquecida numa prateleira de uma editora discográfica. Dentro desta, estão cassetes contendo gravações inéditas de António Variações, que ele fazia num pequeno gravador no seu quarto, registando os mais intimos momentos de inspiração. Ao escutar estas gravações, onde Variações cantava na mais pura das situações - sem acompanhamento musical, às vezes mesmo sussurrando para não acordar os vizinhos - percebeu-se que este tesouro não podia ficar por revelar. Assim nasceram os HUMANOS. Uma super-banda, constituida por super-músicos, onde Manuela Azevedo, David Fonseca e Camané dão voz às músicas e letras de António Variações."

Ainda está bem fresca na memória de toda a gente este projecto de sucesso. Gostei bastante das músicas e da forma como conseguiram apresentar e projectar o material não editado do original António Variações. Não resisti e algumas semanas depois de ter saído para os escaparates tive a generosidade de me presentear com a edição especial de "Humanos ao Vivo". Foi deste projecto que hoje me deu "ganas" de relembrar, sabe sempre bem repescar as preciosidades (se bem que estão aí à solta para serem descobertas e redescobertas).

Ficam agora algumas músicas...



domingo, 22 de fevereiro de 2009

Tori Amos - Sleeps With Butterflies

Continuo a rubrica musical novamente com mais uma minhas preciosas descobertas do ano transacto. Esta música não necessita de uma apresentação muito floreada, apenas requer que seja ouvida com cuidado e atenção.

Sem mais delongas, podem escutar a voz encantadora e doce da Tori Amos, a artista conhecida pela canção "cornflake girl" com a doce melodia "Sleeps With Butterflies" ao comando das teclas do piano e em actuações ao vivo.

Como forma útil e de melhor compreender a canção de seguida transcrevo a letra da mesma.

"Sleeps With Butterflies"

Airplanes
Take you away again
Are you flying
Above where we live
Then I look up a glare in my eyes
Are you having regrets about last night
I'm not but I like rivers that rush in
So then I dove in
Is there trouble ahead
For you the acrobat
I won't push you unless you have a net

You say the word
You know I will find you
Or if you need some time
I don't mind
I don't hold on
To the tail of your kite
I'm not like the girls that you've known
But I believe I'm worth coming home to
Kiss away night
This girl only sleeps with butterflies
With butterflies
So go on and fly then boy

Balloons
Look good from on the ground
I fear with pins and needles around
We may fall then stumble
Upon a carousel
It could take us anywhere

I'm not like the girls that you've known
But I believe I'm worth coming home to
Kiss away night
This girl only sleeps with butterflies
With butterflies
With butterflies
So go on and fly boy


** Versão a solo ** (a versão mais deliciosa)




** Versão acompanhada de bateria e baixo **

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Copo vazio

Compreender que o copo está vazio, um deserto
entender que necessita de estar cheio
para que o deserto não se torne definitivo e incerto
para que não se torne num mísero devaneio.

Tudo aquilo que ainda não veio
precisa de vir para contrariar o incerto
que causa transtorno e revolta que semeio,
é necessário algo de novo, algo certo.

Tarefa árdua e algo complicada mas é importante
para que o copo encha, se realizar
aquilo que se deseja, passo pequeno? Pelo contrário, gigante.

Tarefa difícil, fundamental concretizar
mas na realidade não é assim tão linear, passo de gigante
para se contrariar a tendência, necessário confiar.


Tarefa difícil, fundamental concretizar
mas na realidade não é assim tão linear, passo de gigante
para se contrariar a tendência, necessário confiar.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sonhador

Sou um grande sonhador,
acredito quase que o sonho é realidade,
sou na realidade um grande criador
do irreal, imaginário quase verdade.

Tudo é real nos sonhos com fragor,
mistifica-se com um pouco de ambiguidade,
um desejo sublime, universal, desejo de amor
através de uma grande amizade tornada antiguidade.

Apesar de tudo com muita tranquilidade
o sonho é tudo: imaginação e quando se quer
pode ser mesmo uma realidade com toda a liberdade.

O sonho faz qualquer um sentir-se com suavidade
numa outra ocasião, uma mais feliz do que aquela
presentemente vivida que não deixa qualquer saudade.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Finalmente Rita a menina dos sapatos vermelhos... ao vivo!


Finalmente Rita a menina dos sapatos vermelhos... ao vivo! Realmente consegui ver ao vivo e a cores a Rita Pereira cujo nome artistico é Rita Redshoes. À terceira foi mesmo de vez! O primeiro êxito "Dream on girl" e a voz melodicamente agradável foram os rastilhos que me chamaram a atenção e que me fizeram estar com mais atenção à sua discografia. Obviamente é com naturalidade que surgiu a curiosidade em vê-la ao vivo.


Este sábado à noite marcou presença na cidade de Caldas de Vizela pela primeira vez. A sua apresentação teve lugar num local inusitado, num antigo cinema apelidado de Cine Teatro. Apenas é um nome pomposo para um local já desactivado e longe das condições ideais. Pelo menos é essa a primeira impressão assim que se entra no local. Este cine teatro é um espaço já sem cadeiras não muito amplo. A entrada para esse recinto é feita por um local secundário e exíguo. As portas abriram-se a 15 minutos da hora marcada e o número de pessoas já presente em bom número efectua a passagem ao interior do local a conta gotas.

Este espectáculo teve entrada livre, aspecto que acarreta variáveis pré-concerto que se podem dividir entre positivas e negativas. Aspectos positivos, a artista tem oportunidade de mostrar o seu trabalho a pessoas que normalmente não a ouviriam ou a veriam ao vivo e revelar a sua obra a mais gente. Proporciona igualmente aos seus fãs um acesso mais facilitado ao seu espectáculo. Aspecto negativo é o evento ter uma afluência relevante de pessoas não conhecedoras e com uma atitude demasiado expectante e isso ser prejudicial a uma melhor e maior interacção entre o palco e a plateia.

A audiência era composta sobretudo por gente jovem; contudo era preenchida por adolescentes desde os 13/14 anos até pessoas acima dos 35 anos. Notava-se que existia muita curiosidade e vontade em ver a Rita ao vivo e escutar as suas músicas. Esta digressão é apoiada pela rádio comercial logo aí é previsivel existir um maior mediatismo e interesse em redor da artista.

A Rita e os seus companheiros de palco apresentaram-se em palco sorridentes e bem dispostos. Além da menina dos sapatos vermelhos, tinha um baterista, um baixista, um guitarrista (que tinha mais uns afins) e duas pessoas a fazer coros, uma voz masculina e uma feminina. Subiram ao palco cerca de 10 minutos após as 21.30h.

O concerto decorreu com uma boa "vibe", a Rita esteve comunicadora e sempre bem disposta. Até confessou que o local lhe trazia boas memórias de outros tempos. A animação esteve presente em cima do palco e fora dele. Pode-se dizer que foi um bom momento de música pop alegremente florida e colorida.





ps. Não desesperei por ter ouvido tanta vez "love love love"... rsrsrsrs


Fica agora uma música da Rita Redshoes... curiosamente a "Choose Love"!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Nouvelle Vague - The Acoustic Show



Antes de mais algum comentário transcreverei aqui uma concisa descrição de quem são os Nouvelle Vague:

"Nouvelle Vague é um coletivo musical francês arranjado por Marc Collin e Oliver Libaux, que recorre à interpretação de músicas punk e new wave dos anos 80 e ao uso do estilo Bossa Nova dos anos 60. Desta forma, e num estilo muito próprio, ressuscitam clássicos da música new wave, reinterpretando-os de uma forma particularmente interessante.

A ideia foi esquecer o ambiente punk/new wave em que as diversas canções foram originalmente escritas, manter os arranjos das canções o mais simples possível e trabalhar com jovens vocalistas femininas (seis francesas, uma brasileira e uma americana) que nunca tivessem ouvido as versões originais. O resultado são temas conhecidos de Joy Divison, Depeche Mode, Tuxedo Moon, Clash, The Cure, Sisters of Mercy entre outros, completamente transfigurados para ritmos."

Esta quarta-feira dia 4 de Fevereiro actuaram em Guimarães numa sala de espectáculos muito acolhedora e simpática que dá pelo nome de São Mamede. A sala nesta noite registou uma excelente adesão. O público demonstrou ser conhecedor e desde o primeiro momento existiu uma empatia entre os artistas e esse mesmo público.

Confesso que não sou propriamente fã de Nouvelle Vague, contudo durante o ano de 2008 descobri algumas versões interpretadas por eles e me agradaram umas quantas como "Dance With Me" ; "In a Manner of Speaking" ; "Just Can't Get Enough" ou "Killing Moon".

Aguardava com uma natural expectativa este concerto e essa mesma expectativa não saiu defraudada. Foi uma noite musicalmente agradável. Deixei escapar da primeira vez por desconhecimento mas à segunda agarrei a oportunidade.

Fica agora um dos temas que mais gosto de ouvir interpretado por eles:

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Competentes para encantar!

Já que decidi continuar com esta aventura "bloguista" aproveitarei para embelezar este meu cantinho com material que mereça ser visto, isto claro, na minha humilde opinião.

Toda a gente (ou lá muito perto) tem um perfil naquela coisa conhecida por hi5, ou seja, no catálogo virtual de pessoas. Incluo-me nos que têm se bem que já não lhe disponibilizo tanto tempo como outrora. Tudo isto para ficarem a saber que tenho um perfil "out there" mas não só. Vou aproveitar para transcrever algo que lá coloquei.

Ver espectáculos ao vivo é para mim uma das melhores maneiras de aproveitar o meu tempo livre. Este é um dos meus hobbies preferidos e se quiserem um dos meus bons pecados.

Feita a introdução agora passo a transcrever a entrada do meu diário do hi5:

O dia 4 de Outubro de 2008 marcou o meu regresso aos concertos, um dos meus hobbies preferidos. Na casa das Artes assisti a um delicioso concerto dos Clã de Manuela Azevedo e companhia. São realmente músicos talentosos e como diz o título, são muito competentes e encantam quem assiste aos seus espectáculos! Apesar de a sala estar meio preenchida, o que me surpreendeu, não limitou a actuação dos músicos. Bilhetes a 15 Eur e o país em crise talvez expliquem um pouco a sala não ter estado mais preenchida. Contudo quem esteve presente são pessoas que conhecem e gostam por isso estavam de alma e coração. Na primeira parte esteve um duo chamado Lufa Lufa que me surpreenderam pela originalidade. Gostei deles. Quanto aos Clã adorei imenso e aconselho a quem possa a não perder a oportunidade de os ver e ouvir ao vivo!

Deixo aqui um link para um dos mais recentes êxitos dos Clã, música muito deliciosa, escutem com atenção:

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Cat Power - The Greatest

Muitos são os prazeres com que os Homens se deliciam. A poesia é um deles. Outro é a música. Adoro ambos se bem que actualmente não consiga passar sem o segundo. Resolvi dar continuidade a este blog depois de auscultar a opinião de pessoas que visitaram já este meu cantinho.

Sendo assim nem só de poesia viverá este blog. A música fará parte integrante e vou aqui revelar algumas as minhas novas descobertas (as que tiveram mais impacto em mim) nesse imenso universo como também recuperar algumas das canções que mais adorei ouvir desde sempre.

Para inicio desta rubrica escolhi, nada mais nada menos, do que uma das minhas descobertas mais sonantes de 2008. Sobre esta descoberta terei de confessar que... "Mais vale tarde que nunca"

O nome artistico desta é Cat Power, o seu nome verdadeiro é Chan Marshall
. Tem uma voz romanticamente e deliciosamente "caliente". Se mais demoras... eis Cat Power ao vivo no programa de Jools Holland com uma soberba actuação.