domingo, 17 de julho de 2011

Marés Vivas 2011 – O dia 16 de Julho

Volvidos quase 2 anos após a primeira ida ao Festival Marés Vivas voltei a deslocar-me a Gaia para uma nova aventura musical à beira do rio Douro. Desta vez várias coisas foram diferentes. A organização estava melhor, não houve problemas à entrada. Quando entrei não existiam filas e tudo se processou tranquilamente. O espaço em si estava parecido com o de há 2 anos mas notei algumas melhorias, como por exemplo no palco secundário. De novo cheguei e entrei cedo porém desta feita o ambiente era bem mais calmo, com menos gente.

O motivo para a deslocação era a concretização de um desejo já com muitos anos, o de ver ao vivo um dos meus grupos preferidos, os The Cranberries. Mas deles e da actuação já lá chegarei...

A primeira artista a actuar foi a portuguesa AUREA. A entrada em cena aconteceu precisamente à hora prevista. Quem também deu um ar de sua graça foi um orvalho que se manteve durante a noite e enquanto estive no recinto. Orvalho esse que passou a uns chuviscos mais fortes a espaços. AUREA apresentou-se sorridente e comunicativa com a preciosa companhia/ajuda da sua banda. Teve uma actuação bastante agradável de seguir. Gostei bastante de ouvir as músicas que já conhecia dela: o primeiro single: “Busy (for me)” que foi repetido no encore ; “No no No no (I Don't Want Fall In Love With You Baby)” e “Okay Alright”.

(Foto site On The Hop do SAPO)

De seguida entraram em palco os TINDERSTICKS. Conheço já há algum tempo alguns temas deles, não só os mais conhecidos. Temas esses que aprecio. Conhecendo o estilo melancólico a presença da banda de Stuart Staples não encaixava lá muito bem na programática do dia nem nos respectivos públicos da noite (de MIKA e THE CRANBERRIES). Daí estar curioso com a performance deles. Com as gotas de chuva a cair com mais intensidade e o ritmo pachorrento da música dos britânicos notava-se que a actuação não estava a captar muito o interesse da audiência. Não foi uma performance propriamente bem conseguida. A música deles está mais adequada a outros ambientes e públicos porém também é certo que não existiu grande esforço por parte de Stuart Staples em animar as hostes.

 (Foto site On The Hop do SAPO)

Pelas 23h00 arrancou o grande momento da noite e tão ansiado por mim. A banda irlandesa entrava em palco para gáudio meu e de milhares. “Analyse” foi o ponto de arranque dos THE CRANBERRIES. A banda desfilou vários dos seus grandes êxitos e de permeio apresentou duas músicas novas: “Schizophrenic Playboy” e “Tomorrow”. Duas performances interessantes de músicas ainda desconhecidas. Os grandes momentos da actuação foram: “Linger” ; “Ode To My Family” ; “Zombie” e “Dreams”. Esta última marcou o fecho de uma actuação que ficou marcada na memória. Um belo momento não ofuscado por falhas, da iluminação (actuaram alguns minutos sem iluminação de palco) e do som( por exemplo, não se ouvir bem a voz de Dolores O’Riordan num ou noutro momento) O esforço pelas horas em pé e por causa da chuva que se tornou algo chata não fizeram esmorecer o ânimo e a alegria daquele momento. Foi o concretizar de um sonho, de um desejo antigo.

 (Foto site Imagem do Som)

O cabeça de cartaz deste dia foi o músico MIKA porém já não assisti ao espectáculo dele. Após os THE CRANBERRIES abandonei o recinto. Não tinha interesse em seguir pois não sou propriamente apreciador da música dele.

O festival Marés Vivas está a crescer e para o ano é a edição número 10. Pode ser que haja nova oportunidade de voltar ao festival, eventualmente e segundo a organização, já em novo local.

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