domingo, 19 de julho de 2009

Marés Vivas 2009 – O dia 18 de Julho

A noite de marés vivas ainda está fresca na memória e também nas dores já não tão fortes que sinto nos meus pés. A aventura foi bem sucedida se bem que no festival nem tudo foi positivo. Logo para começar a falha da organização em não cumprir com o horário da abertura das portas. Neste sábado bem agradável e caloroso muita gente se aglomerou, sobretudo gente muito jovem, na entrada para o festival de Gaia. Marcada para as 17.00h a abertura só aconteceu pouco depois das 18.00h. Foi um esforço inesperado e irritante para quem chegou cedo. Começara aí a corrida desenfreada para a frente do palco... Bem cedo muita gente se juntou ao palco principal para não arredar mais dos seus lugares.

Inicialmente tinha pensado ficar bem próximo do palco mas dado ao facto de muito rapidamente ter ficado bem preenchida essa zona optei por não fazer finca pé... Juntamente com um pessoal que conheci lá optamos por dar umas voltas no recinto e na zona da restauração antes de nos posicionarmos na área do palco principal. Só um pedaço mais tarde voltamos a essa zona depois de termos jantado.

Fica aqui o registo para a afluência enorme de público, foi realmente uma maré viva de gente. Talvez eu não estivesse à espera de tal. Foi complicado aguentar tanta hora de pé e quase sem me poder mexer. Como se costuma dizer, estavamos como sardinhas em lata ou nem cabia mais uma mosca. Este é outro factor menos bom da noite. Assim torna-se complicado apreciar a música e o ambiente da melhor forma.

A primeira actuação da noite foi a GABRIELLA CILMI que se apresentou com um look sensual. Terminada a primeira música tirou os sapatos e assim permaneceu até final do seu show. Teve uma atitude e presença em palco que me surpreendeu e num mix de soul e blues fez uma actuação segura.



Seguiu-se a COLBIE CALLAT, uma das artistas que mais esperava ver na noite. Com o seu natural ar de timida demonstrou-se bem disposta e comunicativa. Junto com a sua competente banda conquistou a audiência com temas seus já sobejamente conhecidos como “Realize”, “Midnight bottle” ou “Bubbly”. Surpreendeu também toda a gente com uma excelente versão da canção “You Found Me” dos americanos “The Fray”. Aproveitou igualmente para apresentar novas canções do novo album que vai ser editado no próximo mês de Agosto. Gostei da maneira como esteve em palco e da voz dela.


Encarregado de fazer o aquecimento para o ponto alto da noite, JASON MRAZ, assinou uma actuação super mexida e bem energética. Sinceramente não fazia ideia que assim iria ser. O concerto dele foi uma festa já que em palco teve companhia de imensos músicos incluido percussionista e secção de sopros. Os saxofones e trompetes têm uma sonoridade fantástica mesmo. De seguida transcrevo a parte da reportagem do blitz:
“ Às tantas anunciou "o elemento mais bonito da banda", e lá apareceu Colbie Caillat para o dueto em "Lucky" . Também fez render a muito ansiada "I´m Yours", primeiro com brincadeiras onomatopaicas, depois a entrar em jeito de medley numa versão de "Everything´s Gonna Be Allright", dos Sweetbox. Acabou também com outra versão, desta feita "All Night Long", de Lionel Richie . Jason Mraz desafiou os presentes a serem ouvidos em Espanha e não devem ter ficado muito longe.”


Outro facto que desconhecia e do qual fiquei bem ciente ontem é que os KEANE são muito apreciados em Portugal e que têm muitos fãs, bem conhecedores do trabalho deles e bem dedicados à banda britânica. O momento mais alto da noite aconteceu por volta da 1.15h quando entraram em palco para encerrarem o festival com chave de ouro. Foi muito bom ver finalmente Tom Chaplin ao vivo! Engraçado foi vê-lo a dizer umas palavritas em Português. Tocaram todos os grandes êxitos. Adorei ouvir músicas como “Bend And Break”, “Somewhere We Only Know” ou “Bedshaped”... são tantas e tão porreiras…
Após o 1º encore e já quando a maior parte do pessoal se deslocava para a saida eis que os KEANE voltam e tocam uma versão de "Under Pressure”. Simplesmente espectacular!
Espero ter nova oportunidade de os ver ao vivo mas não inserido em contexto de festival.

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